sexta-feira, 15 de junho de 2012

Exames depois de um aborto

Ola treinantes... Hoje foi focar um pouco em treinantes como eu, que perderam mais de uma vez suas lindas estrelinhas. Muitos ginecologistas dizem que isso é "normal". Mas eu me questiono sempre, como pode ser normal perder um filho que de acordo com a lei da natureza deveria ficar no ventre aproximadamente (usei esta palavra por ser um tanto relativo o período gestacional de mulher para mulher) 40 semanas e depois vir ao mundo cheio de vida e saúde ?Mas muitas de nós já sentimos o gosto amargo da perda. Então o que fiz? Comecei a pesquisar por conta própria vários motivos e também vários exames que poderiam ser feitos para podermos prevenir este terrível episódio novamente. Bom, é claro que também fui consultando com vários especialistas em obstetrícia pois não acho conveniente estarmos sempre consultando com um mesmo ginecologista. Digo isto porque fiz desta forma e passei por todo o sofrimento que descrevi no post passado, e se fosse por este profissional eu estaria morta porque ele não aceitou a minha cirurgia e afirmava que iria abortar um embrião alojado dentro da minha trompa espontaneamente, isso nunca aconteceria não havia a menor possibilidade. Por isso recorri a mais duas especialista e então consegui uma consulta com a mais renomada em minha cidade. É muito diferente pois ela me examinou de forma mais apurada que todos os outros até então. Me pediu dois exames super delicados e detalhados para poder ver claramente o que esta acontecendo em meu útero. Foram eles ressonância do útero (ou bacia) e uma histerossalpingografia (detalharei os dois mais abaixo). Estes exames podem sim fazer com que este tipo de infelicidade que é o aborto possa ser solucionado pela meticulosidade que eles são feitos. É claro que primeiramente temos que entregar nas mãos de Deus porque só Ele tem  como nós dar o dom de gerar e dar a luz... Bom, abaixo em detalhes os tipos de exames citados acima, converse com o seu ginecologista sobre a possibilidade de fazê-los pode te dar mais segurança na hora de engravidar...até a próxima..bjocas !!!


HISTEROSSALPINGOGRAFIA


O que é o exame:
A histerossalpingografia nada mais é do que um raio-x contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um catéter (sonda) fino.
É um dos exames mais antigos existentes na rotina da investigação do casal infértil, sendo utilizado há praticamente um século. Apesar de tão antigo, ainda é o melhor para avaliar a anatomia das tubas uterinas, não existindo outro exame que possa nos dar a mesma qualidade de informação sobre esta estrutura.
A histerossalpingografia tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas uterinas e, através desta análise, inferir sobre sua função reprodutiva. Pode também oferecer dados sobre a anatomia uterina, como a presença de mal-formações Müllerianas (útero bicorno, unicorno, septado etc), presença de pólipos ou miomas e sinéquias uterinas.
O resultado do exame é um verdadeiro divisor de águas entre os tratamentos. Se estiver normal, os tratamentos podem ser de menor complexidade ("in vivo"), mas caso tenha alterações, devemos partir para os procedimentos mais complexos ("in vitro").

Medos e anseios:
É muito comum no consultório receber pacientes que tem verdadeiro terror ao ouvir falar neste exame. Quantas e quantas vezes não ouvi a frase: "faço qualquer coisa, mas não me peça para repetir este exame!".
De certa forma, não posso deixar de tirar a razão das minhas pacientes. A histerossalpingografia quando não é bem indicada e bem realizada, é extremamente dolorosa e desconfortável.
Assim, é obrigação do médico que solicita o exame explicar à paciente como ele é feito e para que está sendo solicitado.
Vale ressaltar que quando o exame é feito seguindo rigorosos critérios e por médicos experientes e com bons equipamentos, não há queixa de dor.


Esquema mostrando a introdução do catéter pelo colo uterino.





Cuidados ao realizar o exame:

  • A histerossalpingografia deve ser realizada em uma fase específica do ciclo menstrual, previamente à ovulação e logo após o término da menstruação, ou seja, algo como entre os dias 6 e 12 do ciclo menstrual.
  • Deve ser feita uma limpeza do intestino previamente, que pode ser obtida com o auxílio de laxantes no dia anterior ao da realização do exame. Isso serve para retirar os gases e fezes da região pélvica, visando melhorar a qualidade das imagens e a sua interpretação.
    Atenção: Não faça uso destes medicamentos sem que o médico tenha recomendado!
  • Podem ser utilizados anti-inflamatórios ou anti-espasmódicos 30 minutos antes de realizar o exame, para prevenir a ocorrência de dores durante sua realização.
  • É muito importante que o médico examinador seja especializado na realização deste exame.
  • Um bom laboratório ou clínica também ser preferido, pois se existir um aparelho chamado de radioscópio, o exame é muito mais facilmente realizado e com melhor qualidade das imagens.
  • Não deve ser utilizada uma pinça para pinçar o colo do útero, chamada de Pozzie. Esta pinça causa dor e contração muscular, fechando a saída das tubas e confundindo quem analisa os resultados.
  • Da mesma forma, o contraste deve ser aquecido, para evitar a contração uterina.
  • O catéter a ser inserido no colo do útero deve ser flexível e bem fino
Seguindo estes cuidados, raramente há queixa de dor e o exame terá uma ótima qualidade, facilitando a interpretação do médico.


Catéter flexível com balão, utilizado para a realiazação do exame


Saiba o que pode ser encontrado:
Listei abaixo as principais alterações encontradas nos exames, acompanhadas de suas fotos. No entanto, para a confirmação dos diagnósticos o médico tem que levar em conta o quadro clínico e a história anterior. Não é recomendável que sejam feitos diagnósticos apenas comparando estas imagens com as do seu exame. Peça ao seu médico para analisá-las, pois ele estudou para isso e pode te orientar melhor.



Exame normal, mostrando as tubas finas e permeáveis.


Cicatriz de cesárea anterior (setas).


Útero unicorno.


Útero bicorno.


Pólipo uterino (note a falha de enchimento bem no centro do útero).


Sinéquias uterinas (uma parede do útero "cola" com a outra).


Adenomiose: imagens "serrilhadas" no fundo uterino.


Hidrossalpinge (líquido na tuba): veja a dilatação da tuba.

fonte: http://www.drfernando.med.br/histero.htm 






Ressonância Magnética 


A ressonância magnética da pelve é um exame que reproduz imagens de grande resolução e clareza da pelve e de todas suas estruturas e órgãos, permitindo demonstrar com precisão e qualidade lesões tão pequenas quanto um grão de arroz. É um exame totalmente indolor e não prejudicial à saúde. O exame consiste em posicionar a paciente deitada no interior de um grande tubo aberto, dotado de um potente campo magnético, que, quando acionado, é capaz de emitir sinais que serão captados e transformados em imagens de altíssima resolução por um computador. O exame tem duração de cerca de 40 minutos e tem como único desconforto a posição imóvel que a paciente deverá assumir e o ruído desagradável que o aparelho realiza quando é acionado.
Na ressonância magnética de pelve para estudar miomas realizamos uma injeção venosa de contraste magnético, chamado gadolínio. A utilização deste contraste aumenta a capacidade diagnóstica e, ao contrário do iodo, não costuma causar efeitos indesejáveis na grande maioria das pessoas.
A ressonância magnética é de grande valia na investigação dos miomas uterinos, principalmente quando desejamos realizar o tratamento conservador da matriz uterina. Com a ressonância é possível determinar com maior precisão a localização, o volume e o número dos principais miomas, assim como a relação do útero com os órgãos vizinhos, como ovários, bexiga e intestino. Através desta avaliação realizamos a identificação e classificação correta dos miomas existentes, viabilizando um planejamento terapêutico individualizado, evitando cirurgias desnecessárias e melhorando o resultado dos procedimentos propostos, tornando o tratamento mais eficaz e seguro.
fonte:http://www.portaldomioma.com/2007/12/ressonncia-magntica-e-miomas.html

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